A camada externa da Terra possui uma espessura entre 50 e 150 quilômetros, dividida em placas tectônicas. As placas tectônicas movimentam-se lentamente, mas seus efeitos são suficientemente poderosos para provocar grandes terremotos e dar origem a vulcões e cordilheiras.
No Oriente Médio, o resultado dessa movimentação tectônica, provoca um deslocamento constante da África e da península Arábica para o norte, em direção a Eurásia. A maioria dos depósitos de petróleo estão associados às áreas para onde convergem as placas tectônicas e as maiores reservas encontram-se próximo à zona de colisão entre as placas da Arábia e da Eurásia.
Como a península Arábica se move mais rápido do que a África, colidiu-se primeiro com a Turquia formando as montanhas do Cáucaso. Essa colisão aumentou a espessura da crosta continental no leste da Turquia, hoje com uma área de cerca de 45 quilômetros quadrados. A região leste, que ficava quase ao nível do mar, antes dessa colisão inicial, é um planalto com altitudes que variam entre 1500 e 2000 metros.
A Falha Anatólia-norte, que se estende desde o leste da Turquia até a Grécia, possui cerca de 1600 quilômetros de extensão. Esta falha divide duas placas tectônicas: a Eurásia e o bloco anatólico, muito menor, sobre o qual se assenta quase todo o território da Turquia.
As bordas das duas placas estão encaixadas, mas as forças geológicas empurram a Placa da Anatólia para oeste, na direção da Grécia cerca de 3 metros por século. Quase todo o território da Turquia desliza para oeste ao longo da falha, o que provoca tremores frequentes.
Há muita pressão ao longo das arestas das duas placas. Quando um pequeno segmento se rompe, o terremoto decorrente pode atingir grandes magnitudes na Escala Richter .
O processo geológico que ocorre nesta região, resultante do movimento constante das placas tectônicas, alterou várias paisagens. A cidade de Éfeso, por exemplo, construída as margens do mar Egeu, encontra-se hoje tão distante do mar, que mal se pode observá-lo a partir de suas ruínas. O acúmulo de sedimentos transferiu a linha da costa cerca de 8 quilômetros para oeste. Longe do mar, provavelmente, a cidade foi perdendo importância comercial. Do outro lado, na costa leste do golfo de Corinto, um impressionante canal que separa a Grécia da península de Peloponeso, ocorre o processo inverso. Todo o litoral sul ao longo do golfo está sendo elevado. Há lugares com 300 metros de elevação resultante do aprofundamento da fossa tectônica.
Decorrente da falha da Anatólia-norte, a ramificação setentrional está soerguendo muitas montanhas e a ramificação meridional já chegou a 100 quilômetros ao sul. Tanto o golfo de Corinto como a cidade de Atenas estão na linha de frente. A medida que a falha se aproxima, a terra ao redor vai rachando. Por isso a área é classificada como zona de destruição.
Por outro lado, a medida que a África, que fica a apenas 325 quilômetros ao sul de Creta, se aproxima, ocorrem terremotos. Enquanto o leste da ilha de Creta afunda, o oeste se eleva.
Fonte: Ro Archela. http://geografiadoorientemedio.blogspot.com/
Um comentário:
Olá professora, sempre me interessei por geologia embora seja leigo no assunto. Gostei do seu blog.
Muito bom.
Abs,
Guerra
Marília-SP
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